As Visitações de Alijó

ISBN: 9789897824531

As vigilâncias ou visitações na diocese de Braga eram problemáticas. Por um lado, porque era extensa, por outro as vias de comunicação não eram as melhores. Disso se queixava o arcebispo Dom José ao Rei. Ora era a esta diocese que pertencia a também extensa Província transmontana, constituída por inúmeras povoações. Daí as dificuldades de, com regularidade, ser visitada pelo próprio arcebispo. Para as colmatar, eram então as três comarcas transmontanas, sob a jurisdição de Braga, visitadas regularmente por três visitadores. Uma dessas visitações era mesmo controlada pelo Cabido. Eram ainda escolhidos dez eclesiásticos e seis Vigários Gerais, para directamente inspeccionarem as actividades dos párocos, tanto no aspecto espiritual como no aspecto temporal. Nestas visitações, sobressaíam as acções directamente relacionadas com os templos religiosos. Com a sua edificação ou com a sua restauração e manutenção. Mas não só. Incluíam preocupações ao nível das alfaias religiosas e dos paramentos. A edificação de igrejas ou de outro qualquer edifício de culto exigia a autorização especial do bispo, a quem, futuramente, pagariam “sensoria”. Para além das igrejas, os visitadores tinham ainda o cuidado de exercer vigilância sobre as capelas ou ermidas. O visitador era, geralmente, acompanhado pelo pároco confirmado, pelo rendeiro, e por outras pessoas da freguesia, normalmente os eleitos da irmandade ou confraria, que assinavam como testemunhas os capítulos da visitação. Na sua longa deslocação, por vezes de vários meses, era acompanhado por criados. À falta de testemunhas locais, assinavam os criados.

Além das visitações de Alijó (utilizadas em tese de Mestrado – 2001 – e sobretudo de Doutoramento – 2011), neste Vol III, destacam-se ainda, duas grandes visitações na região: 

1 – A visita de Dom José de Bragança entre 1746 – 1750 às vilas de Guimarães, Amarante, Vila Real e Chaves.

2 – A visitação realizada à então Comarca de Sobre Tâmega pelo Abade de Santa Cruz de Sorim da Comarca de Penafiel, Francisco Mateus Xavier de Carvalho, em 1769.

São ainda destacados os argumentos para a formação da Diocese de Vila Real, bem como as incongruências, e certos elementos sobre a construção de algumas igrejas e capelas setecentistas em vários concelhos da região duriense.

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Deu-me a oportunidade de tornar públicas as minhas investigações. Além do mais, em termos gráficos, agrada-me.