“Fui tua mulher e mãe dele durante todo o tempo que não tivemos. Juntos. Mesmo que separados. Inventei histórias mais bonitas do que a minha. Vesti-lhe a pele. Agarrei-me a elas. E sobrevivi de cara sorridente. Sabes como? Não me levei a sério. Nem a vós. E talvez tenha sido essa a receita. Para continuar a amar-vos…”
A morte de D. Laura apanhou todos de surpresa. As revelações que este infeliz episódio vai despoletar num tempo supostamente dedicado ao luto, faz emergir os frutos da violência das escolhas que D. Laura assumiu no passado.
O labirinto emocional improvável instala-se, adensa-se, destila-se.
A felicidade não se adia. Vive-se aqui e agora. Até ao fim dos nossos dias.
Qualquer semelhança com a realidade deveria ser pura ficção, mas como a autora nos vem habituando, é provável que em alguns dramas vividos nestas páginas se tenha inspirado em vidas recordadas e emprestadas a estas personagens.