Condenados À Sobrevivência

ISBN [Edição Impressa]: 9789897827846

A crise estrutural que se abateu sobre as economias capitalistas centrais a partir do início dos anos 70 levou a uma reestruturação global, e sem precedentes, do modo de produção capitalista, com profundas mudanças no processo de trabalho e de produção.

A precariedade generalizada do trabalho não trouxe só consigo a alienação e a coisificação do trabalhador, aprofundou por esse mundo fora a pobreza e despedaçou a vida de milhões de jovens, que sobrevivem sem futuro nem sentido de vida.

A precarização das condições de vida e de trabalho constitui um fenómeno social completamente generalizado nos chamados países centrais e periféricos. No entanto, a sua intensidade, as suas modalidades e formas de existência derivam da necessidade de recompor a hegemonia das classes dominantes, cujo objectivo é actualizar as suas formas de dominação para responder à nova fase de acumulação capitalista.

Na verdade, com o actual nível de produção mundial, é possível garantir comida para o dobro da população do planeta, caso a produção fosse voltada para acabar com a fome. Mesmo assim, uma criança com menos de 10 anos morre de fome a cada cinco segundos (ONU, 2022).

Na actualidade, milhões de homens e mulheres, mais ou menos jovens, são obrigados a ritmos alucinantes de trabalho, à escravidão assalariada e sujeitos ao cumprimento de metas, que têm como consequência o aumento dos assédios, das doenças profissionais, das depressões, dos suicídios. 

   “Condenados à Sobrevivência: As consequências da precariedade mundial do trabalho na vida dos trabalhadores” constitui um libelo acusatório contra a ganância capitalista e todos aqueles que, em nome da defesa das vítimas deste modo de produção, tudo fazem (por acção ou omissão) para reforçar as posições neoliberais mais austeritárias e autoritárias, dando origem a movimentos de extrema-direita pela Europa, América e outros continentes.

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