Saltar,
saltar agora,
semelhante a uma esquina de ar abraçado, — tumultuoso e de ferros arrancados da ebulição das casas. Saltar para fora da narração invariante das bússolas,
premindo com pujança o hímen do verão, — seccionando o que, vindo do seu humedecimento interno, se destine a um corrimento de ardor no meu olhar, mesmo quando fincado em minúsculos rumores de dilatação.
*
O horizonte inteiro subitamente de pé. Do céu eclodem foices em busca de sangue recente. Correr, correr depressa para a concisão da sua trajectória,
— tentar chegar a tempo de ser um dos caules cortados do chão.
Sem peso encostarei o doso à escotilha da nudez. Sem me entumecer, mas entrelaçando-me de frente com os seus sedimentos giratórios,
— acariciarei o côncavo do sol.
(…)