O estudo aprofundado de qualquer assunto transporta-nos geralmente para uma outra dimensão da realidade. A dimensão a que poucos têm acesso e que está reservada para os que são capazes de ultrapassar as inúmeras barreiras que surgem ao longo desse processo de aprofundamento.
Não é fácil para qualquer humano ter capacidade e consciência, para superar todo um historial de educação, tradição, crenças, tabus e dogmas, que acompanha há séculos a sua vivência e que o ajuda a transformar-se numa espécie de autómato, incapaz de pensar por si próprio e incapaz de questionar todo o rol de narrativas, doutrinas e mentiras com que é bombardeado desde que nasce.
A história está repleta de eventos que provam que a espécie humana pode, de repente , transformar-se numa força destrutiva implacável, sendo capaz de cometer atrocidades que envergonham o guião do melhor filme de terror.
As causas são sempre as mesmas. O medo, os dogmas, as ideologias, as religiões, a estupidez, a mentira, o logro ou a desorientação.
É “normal”, que perante esta carga milenar, existam tantos desequilíbrios, dores, injustiças e sofrimento.
É notório, que quem sabe como manipular as massas, não quer ser descoberto e utilize todos os meios ao seu alcance para não perder o poder e os privilégios.
É dramático que sendo muitos dos líderes políticos e religiosos pessoas perversas, desonestas e egoístas, para eles as populações não sejam mais do que um meio para atingir os seus fins pessoais.
– Nós, hoje, não somos responsáveis pelas atrocidades da espécie nem pelas decisões inquinadas e irresponsáveis de líderes inconscientes ou “doentes”, mas se quisermos podemos ser responsáveis por tentar descobrir a verdade dos factos e se formos capazes de aguentar o que ela nos pode revelar, decidir o que pensar e fazer a seguir.