Assustem-se. Serão assim as vossas manhãs. Saberão do escuro e do interior das nuvens. Saberão da origem do crime e dos beijos frios que nunca conseguirão beijar. Saberão do medo e do vazio do medo. Assustem-se, haverá horror e loucura neste livro.
Ou a terrível verdade. Um pouco de verdade e será memória, um lado que se desconhece e nunca será penumbra, a mulher nua, a sua boca de ausência e será corpo e arrependimento. Devagar, num sorriso terrível. E serei detestável. As coisas não serão más nem céu nem colisão na sua vocação eterna. Nem vidro magnífico.
O que ninguém sabe. A cama, como se houvessem maçãs de ameaça e sinos de larvas putrefactas.
Ou confia na obra e nos olhos que sorriem. Saberás da vagem e dos lábios amantes, das mãos que se agarram e prosseguem. Sim, a mulher nua e um vidro magnífico.
O que ninguém sabe da esperança. A carne límpida e a tua voz ao fundo.