Ao escrever um livro é tão importante começar bem como acabar o livro em grande.
Seja uma obra de ficção, um livro de poesia, um ensaio ou um guia.
Mesmo que seja um livro que ajuda as pessoas a montar aquários em casa.
Nem todos os finais têm de envolver uma componente dramática. Mas todos devem ter a capacidade de assegurar aos leitores o benefício que retiraram da leitura.
Como acabar o livro em grande
Em primeiro lugar, sem pressa.
Os leitores dedicaram tempo ao teu livro e não merecem que os empurres porta fora, como se fossem uma visita indesejada.
Procura concluir o livro de forma satisfatória e com as respostas a todas as perguntas.
Se o teu final for imprevisível, se a tua história deixar questões em aberto, apresenta-o de forma lógica e coerente para que o leitor não se sinta enganado.
O objectivo será criar uma surpresa e não atirar um engodo. Não queres desapontar os leitores, pois não?
Investe no envolvimento emocional e usa as palavras para chegar até esse ponto. Usa o momento da edição final para esse objectivo.
Se estiveres indeciso sobre como escrever o final do livro, entre uma de várias possibilidades, segue o teu instinto mais do que a razão. Por norma, nesses casos, o intuição funciona melhor.
Emoção e mais emoção
Entrega sempre emoção.
E antes que pergunte, sim, é possível criar emoção mesmo num livro sobre como fazer aquários em casa.
Aliás, é por razões emocionais que os leitores desse manual querem ter um aquário.
Por isso, usa a emoção. Pinta cenários em que os leitores se possam envolver e oferece-lhes um caminho a percorrer.
Admitimos que este objectivo será mais simples de alcançar nas obras de ficção, mas também é viável nas de não ficção.
Num caso, leva os leitores a sentir aquilo que as personagens estão a viver. No outro, apresenta às pessoas os desafios que existe e a forma de os ultrapassar.
Conclusão
Como escreveu Frank Herbert, autor de “Duna”, “na realidade não há um fim, há apenas um momento em que acabas a história”.
É, por isso, que é importante que esse momento seja especial para o leitor. Só assim ele vai retirar o devido valor do livro que lhe colocaste nas mãos.