Li algures, confesso que já não me recordo onde: Escrever um livro é libertar as suas palavras.
Curiosamente não foi num livro que li esta frase. Do que me recordo, perdoem-me a falta de especificidade, foi de ler a frase pintada num muro de uma cidade portuguesa.
Já lá vão uns anos e naquela altura não se tratava de graffiti ou arte urbana, como agora se chamam aos graffitis. Eram os anos do fervor pós-revolução do 25 de Abril de 1974.
Mais que uma mensagem cultural, a frase expressava um conteúdo político. Era uma defesa da liberdade, da troca livre de palavras, da capacidade de afirmação individual do pensamento expresso e não reprimido. Do combate à censura. A dos outros e a nossa auto-censura.
Nos tempos em que a canção era uma arma, escrever um livro era libertar as palavras. De quem as dizia para quem as queria ouvir.
Naquela altura como hoje
Por isso:
- Se tem algo a dizer, e todos nós temos;
- Se tem uma história para partilhar, e todos nós temos;
- Se guarda uma mensagem que desejas transmitir;
- Se quer usar as tuas palavras para fazer a diferença;
- Se quer mudar, pelo menos, um parte do mundo…
Só tem de escrever um livro.
O que precisa para escrever um livro
Não precisa de muito. Já tens a sua história, os seus pensamentos e ideias. Com isto já percorreu uma parte da estrada.
Agora só precisa de criar uma mensagem clara e um compromisso com a escrita para ver a luz no fundo do túnel.
Tudo o que tem, todos os sonhos que alimenta de publicar um livro e de ter leitores, não contam para nada se não conseguir articular a sua história, real, fictícia, em prosa ou poesia, em jeito de romance ou guia. E se não tiver a vontade necessária para escrever todos os dias.
Sim. é essencial ter alguma disciplina para começar e acabar um livro.
Sempre com o objectivo de publicar o livro. O seu livro.