Este livro DÁ VOZ às GENTES DE CIMA e CONTA, tal como pediram, as suas histórias para que não esqueça o que passaram e conquistaram. Pretende VALORIZAR e permitir que no futuro se possa CONHECER o passado:
“Ninguém passa o que a gente passou! Talvez, já ninguém vai passar! A gente padeceu! Ah senhora, isto agora está tudo no céu! A senhora que diga que a gente penou.”6
“Não se tinha nada! Eu, às vezes, quando me lembra esse tempo, me tranca o coração!”12
“Os que vêm nascendo não sabem nada: não sabem veredas; não sabem o que são as tradições antigas; o que é que se passou; como é que se fez; como se criou; como é que andámos por aqui nesta aldeia. Não havia estrada, não havia luz, não havia água potável nas casas, era acartada com uma coisa de madeira à cabeça. Muita coisa antiga devia voltar para trás! Tenho muita coisa para contar! Dava versos… Hoje a gente estamos numa riqueza!”16