Igrejas Setecentistas do Padroado da Universidade de Coimbra

ISBN: 9789897822971

O acervo documental que surge neste segundo volume faz parte de um conjunto documental investigado pelo autor há 14 anos no Arquivo da Universidade de Coimbra. Foi apresentado em tese de Doutoramento (2011).

O património da Universidade era em grande parte constituído pelo seu Padroado, ou seja, o conjunto das igrejas sobre as quais tinha o direito de apresentar os párocos, recebendo rendimentos compostos, sobretudo, pelos dízimos dessas mesmas igrejas, bem como de outros bens a elas anexos.

Todo este património era administrado pela Mesa da Fazenda, juntamente de um corpo administrativo que, sob as suas ordens, organizava todo o processo de rentabilização dos bens. Com a Reforma Pombalina e porque o alargamento do seu património assim o exigia, assiste-se a certas mudanças no sistema administrativo que até então vigorava e, consequentemente, à extinção da Mesa da Fazenda para surgir em sua substituição a Junta da Fazenda, auxiliada por uma Contadoria, uma Tesouraria e uma Executoria, de acordo com as determinações do Alvará de 28 de Agosto de 1772.

As decisões eram deste modo morosas, por isso as obras tardavam a realizar-se, porque tudo era acautelado. A averiguação dos trabalhos, a avaliação dos materiais e a verificação dos orçamentos propostos.

O arquitecto responsável pelas igrejas deste padroado era, à altura, Manuel Alves Macamba. A ele se devem alguns riscos de retábulos e de capelas-mores. A ele competia ainda aprovar as obras a executar nestas igrejas, pelos vários artífices, autorizando os seus orçamentos.

Á Universidade competia zelar pela “fábrica” das suas igrejas – fornecimento de cera e tratamento dos paramentos e alfaias litúrgicas – e pelo património arquitectónico e artístico. A este dedicava especial atenção à reparação e conservação dos edifícios de culto – reparar os retábulos da capela-mor, das imagens e da sacristia – bem como as residências paroquiais e os celeiros onde se guardavam as rendas da Universidade nesses locais, fruto de pagamentos de dízimos e outras dívidas.

Normalmente era ao pároco da respectiva freguesia que competia comunicar à Universidade o real estado do seu património, ficando ainda registado nos livros de visitas, em capítulos próprios, para depois deles se enviar certidão à Universidade.

Neste volume, são abordadas as igrejas do Património Novo, fundamentalmente algumas do bispado de Lamego, as do Padroado do Colégio de São Pedro e a da Cumieira que advinham dos bens do Colégio das Artes.

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Recentemente publiquei dois livros na 5livros. Dois volumes documentais, cuja documentação foi utilizada em teses de Mestrado (2001) e de Doutoramento (2010). Foi uma oportunidade (há muito pretendida e esperada) que a editora me concedeu e que agradeço, sobretudo pela qualidade gráfica.