Sempre os mesmos rostos nas mesmas mesas, ligeiros golpes de atenção talvez a descobrir pedaços de gelo. Não há respostas, as palavras resistem, já o disse, os mesmos destroços nas outras mesas que pouco falam, os olhos cavados parecem terra, eles sabem-no e apenas esperam, quase invisíveis, distantes, os seus olhos ainda procuram o fogo dos evangelhos, outras vezes apenas vegetam e é esse o seu prodígio, já sem aquele jeito militar de bater com os tacões um no outro para aquecer o turno, também aí o frio e a espera, de facto que puta de vida que nos ultrapassa, isto de ser jovem é uma grande pressa, e os evangelhos carcomidos, desbotados de ardor, acreditar em quê se nem o vinho se arrepende, o pão e o vinho e um qualquer milagre.
Não Sei Que Horas São Esta Noite
ISBN: 9789897827358
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