Primavera de 1975. Fixa-se na aldeia de São Mamede do Guadiana um estranho forasteiro, identificado pelo povo como ‘o Bruxo da Travessa do Ferreiro’. Ao mesmo tempo é nomeado para a paróquia o sacerdote e também médico Daniel Santiago, que se interessa por Angélica.
Angélica aparece grávida. O pai, um político local falhado, quando sabe da gravidez, expulsa a filha de casa e acusa o padre de ser o pai da criança.
Angélica foi viver para a herdade do Monte Abraão. Dá à luz uma menina e morre no decurso do parto. O padre e a proprietária da herdade cuidam da recém-nascida, a quem dão o nome de Joana.
Após um ajuste de contas com o próprio pai, o pai de Angélica desaparece da aldeia e é inclusive dado como morto.
Decorridos vinte e dois anos, no dia e na cerimónia de casamento de Joana, aparece um ancião, conhecido por todos como o mendigo do Cerro del Rey. Este pede o perdão de Joana.
O Bruxo reconhece o mendigo e força-o a identificar-se perante todos e a confessar os seus incomensuráveis crimes.