O escrito que se segue, não sei se lhe posso chamar história, resulta de toda uma vida a ouvir e a ver o que se passava neste pequeno mundo que é o meu.
Não tenho nenhuma pretensão a escritor, isto é o que eu quero contar, e não me parece que escreva outra coisa parecida na forma.
Fui ouvindo, vendo e vivendo coisas que me ficaram na memória, pensei sobre elas e se não as esqueci, acho que tem interesse contá-las. Tentei encadear o texto como se fosse uma coisa continua, quando na verdade são acontecimentos dispersos, distantes no tempo e no espaço, que eu torci de modo a caberem na narrativa que queria construir.
Ouvi histórias contadas por gente próxima, familiares, amigos, colegas de trabalho, camaradas da tropa e também coisas que escutei sem querer de pessoas totalmente desconhecidas, alguns pedaços foram totalmente inventados por mim. Cosi estes factos de forma a transmitir uma ideia de vida que fosse uma espécie de ideal, sobretudo combater a soberba que me parece ser a fonte de todos os males.
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