Oito Médicos/Dramaturgos Portugueses: Um Oportuno Epítome

Esta Obra visa, não só, dar a conhecer, de modo objectivo, estes oito valores da Medicina e do Teatro portugueses, como outrossim, relevar o contributo que deram à Medicina e ao Teatro em Portugal.
Na verdade, merecem, por motivos assaz óbvios, ser homenageados, com um mínimo de dignidade, relevando o seu positivo contributo, no âmbito da Ciência médica e da Arte cénica, pois que, nos seus percursos existenciais, assumiram, com esmero e dedicação, esta egrégia missão de vida, numa postura de elevada responsabilidade e fecundo acerto. As suas conseguidas obras dramáticas falam por si!
Portugal, destarte, através destes egrégios vultos contribuiu, de modo insofismável, nesta dinâmica que, encerra, em substância, o conteúdo de verdade, assumido, avisada e magistralmente, neste sui generis conúbio Medicina/Teatro.
O teatro e a medicina entretêm relações complexas, estreitas e ambíguas. O teatro serve-se da medicina e, reciprocamente, a medicina utiliza o teatro.
Etimologicamente, o vocábulo “teatro” (do grego teatron) vem do verbo grego theatromai, observar, contemplar. Teatro, lugar onde se observa. No Renascimento, falava-se dos teatros anatómicos para designar as salas onde, com o objectivo de estudar a anatomia, os estudantes de medicina podiam observar as dissecções humanas.
Por seu turno, a medicina é, na realidade, uma ciência, técnica e arte de múltiplas ressonâncias humanas.
Na verdade, numerosos autores dramáticos são médicos.
Alguns até, exerceram, durante muito tempo, como é o caso de A. Tchekhov, Mikhail Boulgakov, etc., como é também, o caso destes oito médicos/dramaturgos portugueses estudados nesta obra: Oito médicos/dramaturgos portugueses.
Enfim, assim, como acabamos de ver, o teatro utiliza abundantemente a medicina. Reciprocamente, a medicina serve-se identicamente do teatro! (…)