“Triste sorte é ser velho nesta cidade
Onde já não mora a solidariedade
No seu corpo, dobrado, vai andando
Pela avenida, como que em penitência,
Estende a mão a quem vai passando
Mas, apenas ouve: tenha paciência…
No interior de tão amarga solidão
Vai empurrando o futuro com a mão.”
(excerto in poema “Um pedinte na cidade”)