As décadas de 60 e 70 do século passado foram terríveis em amputações sociais efectuadas, sobre jovens que viam as suas esperanças perdidas por força de um regime político que mantinha a denominada Guerra do Ultramar com a qual, na sua maior parte não concordavam.
Eram sonhos de futuro perdidos. Eram mães que ficavam a chorar os seus filhos que partiam, sem saberem, se algum dia os tornavam a ver. Eram esposas que ficavam sem maridos e filhos que ficavam órfãos de pai.
Existia em Portugal neste tempo uma polícia política do regime, que fomentava o terror na defesa dos interesses obscuros e porcos do sistema.
Ninguém vivia tranquilo em lado algum.
Este romance de ficção fala sobre um desses jovens, que quis o destino libertá-lo daquela situação ainda que para isso, tivesse de dar um salto no escuro, com coragem, demasiada coragem, na sua aventura pelo desconhecido.
O autor aconselha que no final seja lido esse belo poema de António Gedeão. A Pedra Filosofal. Tem tudo a ver com esta história.