Fernando Penim Redondo
Fernando Penim Redondo nasceu em Lisboa, em Maio de 1945.
Estudou Economia, no ISCEF, ao mesmo tempo exercia o cargo de professor no ensino secundário.
Aderiu ao Partido Comunista Português em 1966 e foi eleito, no mesmo ano, para a Direção do Cineclube Universitário de Lisboa.
Em 1967 foi incorporado na Armada e mandado para a Guiné, como tenente dos fuzileiros.
Após a guerra, iniciou uma carreira na IBM, a maior empresa mundial na área das tecnologias da informação, como engenheiro de sistemas.
Em paralelo com a carreira profissional manteve sempre a atividade sindical e política até ao princípio dos anos 90.
No fim dos anos noventa tornou-se gestor e empresário na área das tecnologias.
A 18 de Abril de 1974 foi preso pela PIDE, em consequência da sua actividade política clandestina, sendo um dos últimos a entrar na prisão de Caxias; retomou a liberdade com o 25 de Abril.
Afastou-se do PCP, após o XIII Congresso, em 1991, por discordar da forma como o partido reagiu ao desmoronamento da URSS.
Durante a juventude, em meados dos anos sessenta, publicou numerosos poemas no suplemento “Juvenil” do Diário de Lisboa.
Mais recentemente publicou:
– “Do Capitalismo para o Digitalismo”, Caminho das Letras 2003, em co-autoria. Uma tentativa de repensar o Marxismo à luz das tecnologias actuais.
– “Crónicas de um Tenente”, Edições Colibri 2019. Trata de episódios vividos na resistência ao salazarismo e na guerra da Guiné, que surgem entrelaçados na sua história pessoal.
Desde 2006 realizou mais de cinquenta exposições, quer de fotografias quer de câmaras, em Portugal, na Guiné-Bissau, na Holanda, na Lituânia e no Brasil.
Tornou-se entretanto coleccionador de câmaras fotográficas antigas e, nessa qualidade, desde 2012 vem realizando o projecto Flashback que consiste em fotografar o seu habitat com 500 câmaras fotográficas de rolo de filme fabricadas ao longo de todo o século XX.